O poder de "polícia" da GCM (Guarda Civil Municipal) é um tema cada vez mais presente na vida das cidades. Em Santa Bárbara, o Tribunal de Justiça de São Paulo corroborou opinião neste sentido - como mostrou matéria deste Jornal no domingo.
Em Limeira, um dos méritos da administração anterior foi equipar os guardas civis com grupamentos específicos de combate ao crime. Agentes foram formados por profissionais da SWAT (a temida força policial de elite norte-americana), armados de espingardas calibre 12, e passaram a colecionar ocorrências, principalmente contra o tráfico de drogas. Eles também deram duro no combate às saidinhas bancárias, furtos e até homicídios.
O uniforme azul da GCM de Limeira passou a ser tão temido, ou até mais pelo volume de atuação, que o cinza da Polícia Militar. Uma situação criada pelo sucateamento das polícias estaduais, ação de um grupo político que controla o Palácio dos Bandeirantes (governo do Estado) há 18 anos. Onde o policiamento do Estado deixou de ir, vai a GCM, em um número cada vez maior de municípios.
Diante disso, fica o questionamento: qualquer ajuda é necessária quando o assunto é segurança? Sim. Mas aonde exatamente o crescimento de importância desta corporação (GCM) vai dar? Depende da atenção que receber. Ela precisa de formação melhor e, principalmente, de equipamentos melhores.
Em Limeira, o bizarro sistema de trabalho que exercia foi mudado pelo Estatuto da categoria e a corporação foi quase desmantelada por causa disto - prédios ficaram sem proteção e a cidade sem policiamento. Isto não deveria ocorrer. Foi fruto de uma preocupante falta de planejamento. É preciso dar à GCM toda a atenção que ela merece se quisermos que continue crescendo de importância.
Fonte: Jornal de Limeira
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